27.9.04

PROSA INSANA

Tenho que estar contente. Tenho que estar alegre, muito alegre. O sorriso terá de empurrar as orelhas para a nuca. Os olhos terão de sorrir ao avistar as novas primaveras somadas nos quentes e frios Outonos que vão crescendo nas contas da vida, sempre a subir para o fim. Nasci, outra sorte não tenho que a de ir. Há que rir. Hoje. Alvíssaras para quem trouxer bolhas engarrafadas, prontas para saltar na cabeça mais envelhecida. Doces para quem se lembrar de bolos. Bolos para quem precisar de doces desejos, que eu cá não estou em estado de atestado juízo, neste dia em que nem a felicidade está à porta da toca, nem a tristeza se esconde atrás dela.