Críticas "Indies"
Sempre que por aqui se fala de Cinema é, digo eu, de uma forma leve, aflorando alguns aspectos do filme que decido trazer para esta página, quase sempre com um olhar mais apaixonado do que crítico. E isto sou eu, que em hora de devaneio decidi tirar um curso da especialidade. Já nessa altura se falava da crítica, sobretudo da pouca formação que alguns opinadores de serviço claramente evidenciavam. Munidos de uns quantos termos técnicos (plano, sequência, narrativa, etc.) ao alcance de qualquer ser minimamente informado, lá iam fazendo o seu trabalhinho de avaliar uma obra por inteiro. Alguns deles, os melhores segundo se dizia, tinham da História do Cinema um razoável conhecimento, servindo-se dele, do conhecimento dos compêndios, como ferramenta indispensável, que sempre safa, sobretudo se se vasculham exemplos passados e técnicas para melhor se perceber este presente. Quem nunca leu qualquer coisa como isto: “já no ano tal o fulano não-sei-quantos nos deu a brilhante…”? Ou “ao melhor estilo de…”?
E depois, de alguma crítica que achavam menos especializada, diziam alguns doutos: aquilo é ver muita coisa. É ler muita coisa. É gostar ou não. É respeitar ou não. É ter sensibilidade ou não. É sentir-se encantado ou desencantado. É gostar do estilo americano ou do estilo europeu. É ir na moda ou dela fugir…
E depois, de alguma crítica que achavam menos especializada, diziam alguns doutos: aquilo é ver muita coisa. É ler muita coisa. É gostar ou não. É respeitar ou não. É ter sensibilidade ou não. É sentir-se encantado ou desencantado. É gostar do estilo americano ou do estilo europeu. É ir na moda ou dela fugir…
Enfim, uma arte mais de informação do que de formação, e de gosto, claro está, porque no gosto está tudo – afinal não passa de uma opinião: nunca nos esqueçamos!…
Hoje em dia, confesso, poucas críticas de cinema leio. Mas leio jornais e até os consulto na Internet. E de vez em quando lá me deparo com algumas críticas de alguém que, julgo, é novo comentador (também) cinematográfico. Terá méritos, evidentemente, até porque parece ser senhor de muito saber e instrução. Um desses emergentes casos de polivalência que se vão tornando cada vez mais vulgares. E acho bem: é preciso saber um pouco de tudo neste mundo tão competitivo. E eles lá surgem. São poetas-comentadores-de-todas-as-artes-e-políticas que vertem a sua sapiência em jornais e televisões com a leveza de quem tudo sabe, de raspão ou no âmago da questão. Se ficamos nós, público apreciador de cinema, a perder, a ganhar ou na mesma com as opiniões destes novos críticos? Bom, eu, que não sou crítico de profissão (Deus me livre!), muito menos crítico de críticos, deixo à vossa consideração. Cada um que pense por si. É ler:
"Nesta segunda edição do consolidado IndieLisboa não tenho sido tão assíduo como no primeiro ano. O ideal nestes festivais é assistir a uma maratona de celulóide, nem que seja preciso transferir por uma semana o endereço postal. Não tenho conseguido isso mas, ainda assim, passei algumas vezes pelo King e pelo Fórum Lisboa." (…)
"Nesta segunda edição do consolidado IndieLisboa não tenho sido tão assíduo como no primeiro ano. O ideal nestes festivais é assistir a uma maratona de celulóide, nem que seja preciso transferir por uma semana o endereço postal. Não tenho conseguido isso mas, ainda assim, passei algumas vezes pelo King e pelo Fórum Lisboa." (…)
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