No DN: "Do 'truca-truca' ao Referendo"
Quando se recordam os debates sobre a despenalização do aborto, há um nome e um verso que logo assalta a memória a deputada e poetisa Natália Correia, defensora do "sim" e o poema do "truca-truca", que dedicou a um deputado do CDS, João Morgado, que estava na trincheira do "não". Foi em Novembro de 1982, no primeiro debate parlamentar sobre a interrupção voluntária da gravidez. Estava o debate a meio e Morgado disse que "o acto sexual é para fazer filhos". Ficou célebre o debate e o poema de Natália: "Já que o coito, diz Morgado,/ tem como fim cristalino,/ preciso e imaculado/ fazer menina ou menino;/ e cada vez que o varão/ sexual petisca manduca/ temos na procriação/ prova de que houve truca-truca,/ sendo pai só de um rebento,/ lógica é a conclusão/ de que o viril instrumento/ só usou - parca ração! -/ uma vez."
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